Para iniciarmos a abordagem dos resíduos gerados pelos processos das Indústrias Galvânicas, vamos entender onde e como esse processo é realizado, uma vez que estamos falando de indústrias com altíssimo risco de impactos ambientais, em um cenário atual onde é visível a fragilidade do nosso ecossistema.
Algumas indústrias metalúrgicas atuam no setor de galvanoplastia, que consiste no recobrimento de superfícies metálicas, a fim de evitar a corrosão e aumentar, dessa forma, a vida útil do metal em questão.
Utilização de soluções químicas pelas Indústrias Galvânicas
Para que esse processo produtivo das galvânicas seja realizado, as indústrias utilizam uma grande quantidade e soluções químicas, entre eles o cianeto, que é toxico para o ser humano e para o meio ambiente, mesmo assim é utilizado com pouco ou nenhuma descriminação ou controle. O uso desses compostos, faz com que as indústrias desse ramo integrem um grupo responsável pela grande produção de resíduos e geração de efluentes perigosos, o que justifica serem classificadas como “críticas ambientalmente”.
As etapas do processo galvânico incluem o pré-tratamento, tratamento e pós-tratamento:
- No pré-tratamento ocorre a preparação da superfície da peça por meio mecânico ou químico para que o revestimento tenha uma boa aderência.
- No tratamento feito através de células eletrolíticas, a peça a ser tratada é ligada ao pólo negativo, tornando-se o cátodo no qual ocorre a deposição do metal de interesse. Ligado ao pólo positivo, estará outro eletrodo, o qual será o ânodo. Além do cátodo e do ânodo é necessário que a solução contenha os íons metálicos a serem depositados sobre o cátodo.
- No pós-tratamento as peças passam pelo processo de lavagem, secagem, pintura ou envernizamento, embalagem e expedição. (Fonte: Centro Universitário Feevale – 2009)
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Efluentes gerados pelas Indústrias Galvânicas
Em todas as etapas, as peças metálicas devem passar por diversas imersões com o uso de água, o que gera uma quantidade significante de efluentes líquidos e que contém uma grande concentração de metais pesados. A atenção e cuidado com esse efluente é onde está a maior preocupação pois, se descartado de forma incorreta, causará irreversíveis danos ao planeta.
Os resíduos com metais pesados das galvânicas podem contaminar corpos d’água, ar, lençóis freáticos e animais que vivem no meio aquático. Estas substâncias são bioacumulativas, isto é, se acumulam no organismo de um modo contínuo. (Fonte: Ambsience)
Além dos resíduos líquidos, um dos resíduo sólido característico da atividade galvânica é o lodo galvânico, proveniente dos resíduos removidos das peças, como tinta e solda, camadas se óxidos, poeira e ferrugem.
Diante disso, essas questões despertam uma atenção especial. Tais resíduos geralmente são estocados nas empresas, criando um preocupante passivo ambiental. A fim de minimizar os riscos, é necessário que as indústrias galvânicas tenham uma gestão adequada dos seus efluentes, para orientar quanto a destinação final desses efluentes, mas principalmente no seu transporte até o receptor, para o tratamento correto.
A consciência ambiental e a responsabilidade com os impactos sociais das empresas, deveriam se tornar uma prática padrão, inserida em seus conceitos e práticas. Já observamos uma mobilização das indústrias, em torno da preocupação com a produção sustentável e adequação dos seus métodos produtivos, a fim de reduzir os impactos sociais mas, ainda é um pequeno passo, frente ao cenário ambiental atual.
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